sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Zeppelin














Belém, anos 50. Olha o naipe do ônibus da época. Não digo que essa cidade é surreal?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

http://mekaron.multiply.com

Passando pra avisar que já está no ar nossa página no multiply, com vídeos, trailers, portfolio, making off, fotografias, textos e muito mais. É só acessar http://mekaron.multiply.com e dar uma espiadinha.

Enfim...Mekaron Filmes Ltda.

Depois de uma longa caminhada, entre idéias, livros, projetos, textos, pesquisas, entrevistas, fotografias, parcerias, noites em claro, jornadas cinematográficas, viradas de anos e viagens - em todos os sentidos - , aqui estamos, agora como produtora de cinema, com alguns projetos realizados, mas ainda muito mais a se fazer. Encerramos este ano assim, juridicamente constituídos e cheios de projetos na manga. 2009 será um ano de muito trabalho e busca de parcerias para que possamos criar verdadeiramente uma rede de discussão e produção audiovisual em Belém. À medida que estas parcerias forem acontecendo iniciaremos as publicações e convocações para trabalhos e estágios em produção de curtas-metragens, documentários, oficinas e mostras de cinema. Para encerrar minha primeira postagem pessoal, gostaria de dizer que este blog se propõe um espaço para discussão, intercâmbio, co-produções e trabalhos na área do cinema amazônico, brasileiro e mundial, além é claro de ser a vitrine de nossas idéias mais malucas e sem vergonhas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Femme - Um passeio pelas ruas e vitrines de Paris.

FEMME é um vídeo elaborado a partir de fotografias de Eduardo Souza, trilha sonora de Paulo Roffé e Vinícius Cohen e edição de Laiza Lemos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

MEKARON por Roberto DaMatta

Ouvi hoje que a alma dos mortos, os chamados mekaron, saem dos corpos e vagam pelo mundo. Tudo tem um ‘mekaron’, que são imagens de duplos das coisas materiais concretas. Mas como os Apinayé não leram Platão, eles idealizam as imagens como sendo coisas fracas e muito difíceis de fixar. Se para Platão as imagens eram o ideal, para os Apinayé as imagens são aquilo que não deveriam acontecer, porque elas são fracas, imperfeitas e desaparecem.
Os mekaron são índices ou modelos de perfeição, são fugidios e ficam na memória por pouco tempo e a muito custo. Por isso, não são vistos a olho nu. O trabalho dos pais é colar o mekaron no corpo das crianças, pois elas podem perdê-los por serem frágeis. E, sem eles, não haveria subjetividade, e pessoas morreriam. Na aldeia dos mortos, não há castigo nem recompensa, como vivemos aqui. Depois de muito viver, esses mekaron morrem. E sai deles, um mekaron do mekaron, ou seja, uma alma da alma e encarna em um animal, até morrer.




** Roberto DaMatta é antropólogo e professor titular da PUC Rio